Aviva a tua obra, ò Senhor!

Sou pastor pentecostal com formação teológica reformada. Sirvo a Jesus Cristo numa comunidade pentecostal, cuja pregação se baseia na exposição da Bíblia, com rigor e princípios da teologia bíblica reformada. O novo nascimento em Cristo se deu há mais de 6 décadas e hoje, marcas desse tempo influenciam meu caráter, a busca pela presença de Deus, e a consciente importância da formação pela Bíblia.

Há a necessidade de buscar a presença de Deus em toda e qualquer circunstância neste tempo em que se aproxima o dia do Senhor. Fala-se de avivamento acontecendo aqui e ali. Mas, comparado aos grandes avivamentos da história, não são de fato avivamentos. O avivamento acontece quando o Espírito Santo atua maciçamente no meio dos crentes num determinado lugar, levando-o a buscar a Deus de forma intensa, deixando de lado a frieza, a inércia, os interesses pessoais, o orgulho e a soberba, a ganância e os escândalos. Abandonando as paixões mundanas para buscar, viver e engrandecer Deus e seu Reino, numa convicção do pecado que nos assedia.

O avivamento precisa ser reconhecido como bíblico para evitar o engano. Algumas definições de Jonathan Edwards em 1746, do livro “Uma fé Mais Forte que Emoções” podem nos ajudar:

• “O amor a Deus por interesse próprio é uma coisa e o amor a Deus por causa dele mesmo é outra. Não pode haver confusão a esse respeito”.
• “Nenhuma mudança significativa na vida acontece enquanto o coração não é profundamente afetado pela graça de Deus”.
• “É preciso haver entendimento e também fervor, pois se o coração tiver calor sem luz, nada de divino ou celestial haverá nele. Por outro lado, a luz sem calor, ou seja, uma mente repleta de noções, teorias e especulações, com o coração frio e indiferente, também nada terá de divino ou celestial”.
• “As falsas emoções se apresentam com muito mais facilidade do que as verdadeiras. A pompa e a visibilidade fazem parte da natureza da falsa espiritualidade, como acontecia com os fariseus”.
• “O grande dever do cristão é negar a si mesmo. Primeiro, é preciso negar as inclinações e os prazeres mundanos; segundo, é preciso negar a auto exaltação e renunciar à importância pessoal, esvaziando-se a si mesmo”.
• “Um cristão verdadeiro é dez vezes mais convicto das maldades de seu coração e de sua corrupção do que o cristão hipócrita”.
• “O verdadeiro santo sente prazer imenso na santidade, a seus olhos não há nada mais belo”.

Nós precisamos ter em mente que o importante é, discernir bíblica e espiritualmente os ventos atuais e lembrar do que Jesus ressaltou: “mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.14).