A pregação do cristianismo deve ter como base a revelação de Deus, que Ele mesmo registrou em sua Palavra. A mensagem de Deus está disponível aos cristãos na Bíblia Sagrada. O poder de Deus é manifesto na integridade do ensino honesto e preciso.

Charles Spurgeon era firme nesse princípio e afirmava que o pregador não pode pregar para agradar nossos ouvintes. Em tempos de relativismo intenso, essa é uma das distorções da atualidade. As pessoas estão em busca de mestres que possam dizer o que querem ouvir a fim de satisfazer as suas vontades. O deus destes é o seu próprio ventre, os seus sentimentos. O engano está em nomear isso de cristianismo.

O pregador jamais deve cair nessa tentação, pois seu chamado não foi para entreter as pessoas. Aquele que expõe as Sagradas Letras nunca deve desviar a mensagem de Deus. Quem foi chamado por Deus para o ensino não deve proclamar o que as pessoas querem que ele pregue. Há o perigo de se proclamar um outro evangelho, a saber, que coloca o ser humano no centro.

A motivação correta é manter a reverência e a mente cativa a Cristo. Deve-se procurar, o tempo todo, ser um obreiro aprovado por Deus, que não tem do que se envergonhar e que sabe manejar bem a Palavra da verdade.

É a Palavra de Deus que tem a essência de ser viva e eficaz. Ela é inspirada por Deus e útil para o sermão. Temos sim que manter nossa consciência pura diante do nosso Senhor. É Deus que deve nos aprovar e isto deve ser suficiente. A Palavra de Deus é alimento para as ovelhas de Deus.

A trindade revela a sua mente e vontade para que pessoas sejam alcançadas, libertas e transportadas para o Reino de Deus. Mas, há de se proclamar a verdade, há de se pregar a Bíblia em sua totalidade, há de se anunciar o evangelho como poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crê.

É deste modo que Cristo ensinou os seus discípulos. Por meio de Cristo todas as coisas foram feitas e sem ele nada do que foi feito se fez. Ele é a Palavra que se fez carne. Ele é o autor e consumador de nossa fé. Jesus Cristo é o autor de nossa salvação, juntamente com o Pai e o Espírito Santo.

Não há salvação fora de Cristo. Uma pessoa jamais se salvará pelos seus próprios esforços. Nós somos passivos no ato soberano de Deus. Por isso, temos a convicção que nós somos salvos pela graça, por meio da fé, e isso não vem de nós mesmos, ou seja, isso não tem origem no ser humano.

Portanto, busque sempre o alimento sólido, que é para os adultos. Esta será a força para que pratiques o bem e para que tenhas as suas faculdades exercitadas para discernir, não apenas as coisas boas, mas também as malignas. Ande pelo caminho seguro e justo, olhando firmemente para o autor e consumador de sua fé, Jesus Cristo.

Cristo, o Autor de Nossa Salvação

“Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa”

Todos nós passamos por momentos difíceis na vida. Há algumas coisas que nos acontecem que nos abala profundamente. Seja a morte de alguém, uma decepção amorosa, o desemprego, a auto decepção, ou mesmo escolhas erradas e frustrações, fruto dos próprios pecados. Enfim, todos os homens, em todos os tempos, em todos os lugares sofrerão abalos, por uma infinidade de razões. Jesus falou isso algumas vezes durante seu ministério. (Mt 7.24-27, Jo 16.33)

Mas, o que nos ajudará a levantar num dia ruim? Uma “super fé”? livros do tipo: 7 passos para isto, 9 etapas para aquilo, 8 dicas infalíveis? Todos sabemos que livros com receitas fáceis, de como se dar bem na vida, não resolvem nosso problema quando sentimos dores reais.

Quando estivermos numa situação difícil, a última coisa que terá algum tipo de efeito sobre nós serão estes tipos de conselhos. E o que precisaremos em situações assim será de 

. Não somente para passar a mão na nossa cabeça, mas para nos ajudar com o que for necessário.

O texto registrado no Evangelho de Marcos 2.1-12 mostra isso com clareza. O evangelista diz que vieram alguns homens a Jesus e dentre estes, quatro carregavam um paralítico (v.3). O homem carregado por eles não conseguia ficar de pé, era carregado numa maca.

A aplicação prática disso é que dentre os amigos leais que Deus nos dá, há aqueles que farão o possível e o impossível para nos colocar de pé, quando perceberem que precisamos de ajuda.

O texto ainda diz que esses amigos leais 

Não podendo levá-lo até Jesus, por causa da multidão, removeram parte da cobertura do lugar onde Jesus estava e, através de uma abertura no teto, baixaram a maca em que estava deitado o paralítico

Outra lição bastante prática do texto que aprendemos é que amigos leais farão qualquer coisa para nos colocar 

 na presença de Deus. As ações e conselhos desses amigos não nos afastarão de Deus, antes nos aproximarão dele.

E, mesmo diante da multidão que se acotovelava na casa em que estava Jesus, ao invés de dar a desculpa que havia muita gente, os amigos desenvolveram estratégias para colocar aquele moço na presença de Jesus. Eles foram insistentes, obstinados, pois entenderam que a única possibilidade de cura, restauração, felicidade real era estar na presença de Jesus. Do mesmo modo, os 

 farão de tudo para cumprir esse propósito quando um amigo passar por dificuldades.

Diante dessas lições simples desse texto, que não desistamos de nós mesmos quando passarmos por situações difíceis na vida, pois Deus, pela Sua misericórdia, levantará 

 para pegar na nossa mão, nos sustentar e nos ajudar a suportar a maca de dor na qual estamos prostrados, sempre com a finalidade de nos manter em Sua presença. Que Deus nos ajude, em nome de Jesus.

Amigos Leais

“Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.

Todos nós passamos por momentos difíceis em nossas vidas; problemas, situações desagradáveis e coisas diversas que querem tirar a nossa paz. Essas situações nos levam a buscar uma solução, um socorro que possa nos trazer alívio, paz e vitória. No entanto, as pessoas procuram esse socorro em diversos lugares. Buscam por pessoas, ou coisas que possam socorrê-las. Porém, invariavelmente não o encontram, pois o socorro verdadeiro não existe onde estão procurando. O socorro verdadeiro está em Deus.

Davi olhou para o monte. O que será que ele viu lá pra sentir necessidade de socorro? Será porquê aquele era um lugar utilizado por pagãos para edificação de altares idólatras, ou será que os próprios montes eram uma ameaça, um antro dos assaltantes, ou ele via lá um lugar de refúgio? Fato é que Davi olhou para lá e sentiu necessidade de buscar socorro.

Todos nós precisamos de socorro. E o socorro de Deus é certo, definitivo, e suficiente.

Mas, os olhos de Davi foram além do monte avistado. Ele conhecia alguém que não o deixaria sem socorro. Alguém que não precisava estar num monte ou em nenhum lugar estratégico para ser um porto seguro. Davi tinha sua segurança em Deus, que Ele conhecia bem. - O criador, aquele que tem todo poder nos céus e na terra.

FAMÍLIA SOB ATAQUE – “Há uma conspiração declarada no mundo de hoje contra a família, para destruí-la, para enfraquecê-la, para tornar a família vulnerável. Sendo a família a base da sociedade, se destruírem a família a sociedade entra em colapso. Há muitas forças hostis, há muitos inimigos visíveis e invisíveis, declarados e sutis, que conspiram contra a família; as drogas, o divórcio, a violência, a relativização dos valores e costumes, a questão do alcoolismo, a questão da corrupção tão endêmica e sistêmica em nosso país, a juventude mergulhando na promiscuidade, no alcoolismo, vitimada tantas vezes, por uma vida sem absolutos. Os pais estão confusos, os casamentos estão vulneráveis, a sociedade está completamente rendida à iniquidade, à injustiça. E nós estamos vivendo este cenário, onde o casamento é banalizado, onde o sexo é livre e irresponsável, onde a nossa juventude mergulha de cabeça no álcool e nas drogas, onde a roubalheira institucionalizada vai dinamitando os alicerces da ética, da justiça, dos valores absolutos, e tudo isso atenta e conspira contra a família.” (Hernandes Dias Lopes)

Irmãos, Deus na sua infinita soberania, não nos desampara, não nos deixa sem socorro. Ele é sempre presente. Não precisamos ter medo da vida terrena. Ele cuida de nós com amor.

Fique tranquilo. Nada pode fugir do Seu controle. Entregue-se à ELE, e Ele tudo fará.

O Socorro da Família

“Nota explicativa: Pensando que o natal tem um coração que pulsa, que na verdade é a essência, a razão de ser, a natureza, a parte central e a mais importante, a mais bela história e notícia, enfim a consciência do natal”.

O coração do natal bate e pulsa, os desejos de Deus.

Não havia na humanidade ninguém capaz de resolver o dilema humano, qual seja, o de estabelecer na terra de uma vez por todas e definitivamente o plano de redenção do homem. E este plano redentor veio acompanhado das características do seu autor e consumador: 

“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”

 (Isaías 9. 6). O próprio Deus se encarnou, Jesus Cristo, nasceu para completar o plano divino da redenção.

Jesus Cristo se revelou à humanidade nos últimos dias para nos redimir e para que recebêssemos a adoção de filhos.

“Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos”

Este projeto de Deus, o resgate de muitos, foi planejado na eternidade. A vinda do Deus encarnado tem uma razão muito maior do que simplesmente satisfazer nossas necessidades temporais e circunstanciais. A vinda de Jesus Cristo foi para nos dar a condição de filhos. Esta posição privilegiada de ser filho de Deus resolve a maior de todas as dificuldades do ser humano, que é a ausência de Deus no coração e na vida.

O coração do ser humano sempre anseia pela presença de Deus.

O coração do natal tem haver com esta realidade. Nada substitui a presença de Deus no coração e na vida. De que adiantará muitos comes e bebes neste natal se o Deus do natal não estiver presente?

Que a família IBEC busque e deseje em todo tempo conhecer, amar e andar mais com o Senhor Jesus Cristo.

Só assim teremos certeza de que o ano de 2020 será totalmente controlado pela vontade do Senhor, e esta vontade sempre é boa, agradável e perfeita.

O Coração do Natal não se ilude com coisas materiais,

Natal é o anseio por Deus e por aquilo que Ele ama,

amizade, alegria e amor que não se interrompe jamais,

pessoas com atenção, observam o que o coração clama.

O Coração do Natal não esconde as tristezas sentidas,

nem tão pouco as frustrações, perdas e lutas renhidas,

reconhece que neste tempo de sentimento esmagado,

é possível desfrutar do amor de Deus, o Senhor Amado.

O Coração do Natal se interessa pelos fracos e excluídos,

os que experimentam solidão e desamor são envolvidos,

numa esfera de esperança os tais tornam-se incluídos,

Deus é assim, restaura a vida e a alegria dos anos vividos.

O Coração do Natal expande, abraça pessoas com compaixão,

não importa raça, cultura, posição social ou qualquer tradição,

O Coração do Natal tem em Jesus Cristo a completa salvação,

esta maravilhosa graça, venceu o pecado e trouxe iluminação.

Nosso desejo para a IBEC é que Deus esteja presente nesta celebração de Natal e que que abençoe e guarde com sua Paz todo ano de 2020.

O Coração do Natal

Sou pastor pentecostal com formação teológica reformada. Sirvo a Jesus Cristo numa comunidade pentecostal, cuja pregação se baseia na exposição da Bíblia, com rigor e princípios da teologia bíblica reformada. O novo nascimento em Cristo se deu há mais de 6 décadas e hoje, marcas desse tempo influenciam meu caráter, a busca pela presença de Deus, e a consciente importância da formação pela Bíblia.

Há a necessidade de buscar a presença de Deus em toda e qualquer circunstância neste tempo em que se aproxima o dia do Senhor. Fala-se de avivamento acontecendo aqui e ali. Mas, comparado aos grandes avivamentos da história, não são de fato avivamentos. O avivamento acontece quando o Espírito Santo atua maciçamente no meio dos crentes num determinado lugar, levando-o a buscar a Deus de forma intensa, deixando de lado a frieza, a inércia, os interesses pessoais, o orgulho e a soberba, a ganância e os escândalos. Abandonando as paixões mundanas para buscar, viver e engrandecer Deus e seu Reino, numa convicção do pecado que nos assedia.

O avivamento precisa ser reconhecido como bíblico para evitar o engano. Algumas definições de Jonathan Edwards em 1746, do livro “Uma fé Mais Forte que Emoções” podem nos ajudar:

“O amor a Deus por interesse próprio é uma coisa e o amor a Deus por causa dele mesmo é outra. Não pode haver confusão a esse respeito”.

“Nenhuma mudança significativa na vida acontece enquanto o coração não é profundamente afetado pela graça de Deus”.

“É preciso haver entendimento e também fervor, pois se o coração tiver calor sem luz, nada de divino ou celestial haverá nele. Por outro lado, a luz sem calor, ou seja, uma mente repleta de noções, teorias e especulações, com o coração frio e indiferente, também nada terá de divino ou celestial”.

“As falsas emoções se apresentam com muito mais facilidade do que as verdadeiras. A pompa e a visibilidade fazem parte da natureza da falsa espiritualidade, como acontecia com os fariseus”.

“O grande dever do cristão é negar a si mesmo. Primeiro, é preciso negar as inclinações e os prazeres mundanos; segundo, é preciso negar a auto exaltação e renunciar à importância pessoal, esvaziando-se a si mesmo”.

“Um cristão verdadeiro é dez vezes mais convicto das maldades de seu coração e de sua corrupção do que o cristão hipócrita”.

“O verdadeiro santo sente prazer imenso na santidade, a seus olhos não há nada mais belo”.

Nós precisamos ter em mente que o importante é, discernir bíblica e espiritualmente os ventos atuais e lembrar do que Jesus ressaltou: “mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.14).

Aviva a tua obra, ò Senhor!

“(...) não deixei de proclamar-lhes todo o conselho de Deus.” Atos 20.27

Quando nos tornamos pais e mães, uma das características e responsabilidades que assumimos é a de conselheiros (as). Desde a mais tenra infância, nossos filhos vão recebendo nossas orientações. Quando não, somos conselheiros de sobrinhos, irmãos, netos etc.

Paulo era uma espécie de pai daqueles que gerava através da sua pregação. Ele disse isso aos gálatas, aos coríntios e a Filemon, sobre Onésimo. (Gl 4.19, I Co 4.15, Fm 10) E tudo o que um pai espera é que o filho seja próspero na vida, em todos os sentidos.

Em Atos 20.17-38, Paulo está se despedindo dos líderes da região de Éfeso, que não mais verão o seu rosto, (v. 25) o que lhes causa grande tristeza. E de todos os ensinos maravilhosos, presentes nesse texto, queremos destacar que Paulo diz que 

não deixou de lhes proclamar todo o conselho de Deus

. (v.20, 27) Durante três anos ele ficou em Éfeso (v.31), e esse foi o tempo em que esteve dedicado a lhes apresentar 

Infelizmente, muitos púlpitos deixaram de ensinar o conselho de Deus e passaram a ensinar o que as pessoas esperam ouvir. Paulo mesmo advertiu que, naquela região, gente de dentro e de fora distorceria a verdade. Ele os chama de 

lobos ferozes que não poupariam ao rebanho

De fato, todas as pessoas esperam que lhes aconteça o melhor, do seu próprio ponto de vista. Mas, pregar com responsabilidade implica ensinar 

 o conselho de Deus. E o conselho de Deus é, por natureza, diferente do conselho de um amigo, de um pastor da prosperidade, de um familiar ou de um professor da faculdade. Paulo pregou contra o pecado, ensinou sobre vida de santidade, sobre a alegria de se pertencer a Deus, sobre a necessidade de se moldar à vontade de Deus, de se conhecer a Sua Palavra para não incorrer em enganos, ensinou sobre o amor mútuo; e ainda orientou aos seus leitores e ouvintes sobre inúmeras outras coisas.

Enfim, não sabemos se os nossos negócios vão dar certo, se as coisas vão acontecer do jeito que esperamos, se seremos curados, se nossa vida emocional estará sempre equilibrada, mas o que as Escrituras nos autoriza a ensinar é que é necessário que todos os dias vivamos para Deus, é para isso que existimos e foi para isso que nascemos de novo.

E o apóstolo, que logo será morto por causa da sua fé, insiste em dizer: 

Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue.

 (v.28) Esse é o conselho de Paulo, conselho que insistimos em repassar à igreja, com temor e tremor.

Todo o Conselho de Deus

“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus.

Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas."

O apóstolo Paulo fala do que realmente interessa ao crente. Essa é uma Palavra para aqueles que “ressuscitaram com Cristo”, ou seja, a Igreja do Senhor. E não é algo que foi importante apenas para os crentes de Colossos, mas desde o Éden já havia a necessidade de se dedicar as coisas do alto.

O sábio Rei Salomão escreve em Eclesiastes a respeito da vaidade. E há indicações de que ele fazia alusão ao texto de Genesis 3 que fala da queda do homem. Isto porque temos uma forte e maligna tendência de pendermos para as coisas terrenas. E assim é desde Adão.

Note em Genesis os três passos da queda do homem: O desejo dos olhos, o desejo da carne e a soberba da vida - A Tríade da Tentação. Tudo vaidade!

E o que é vaidade? Vaidade é tudo o que não tem valor permanente.

Salomão já nos primeiros capítulos de Eclesiastes faz uma exposição daquilo que ele viu em si mesmo. Ele diz nos versos 10 e 11 do segundo capítulo: “

Não me neguei nada que os meus olhos desejaram; não me recusei a dar prazer algum ao meu coração. ... Contudo, quando avaliei ... percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há qualquer proveito no que se faz debaixo do sol.

Note o esboço do início do livro: O fracasso da vida secular (Ec 1:2-11), o fracasso da sabedoria em satisfazer a vida secular (1:12-18), e o fracasso da busca do prazer na satisfação da vida secular (2:1-11).

Salomão nos diz que tudo que fazemos nesta vida terrena, com interesses terrenos, é como correr atrás do vento.

Me lembro do testemunho do Pr. Shedd, contando de seu pai quando o levou a uma grande loja de departamentos e dizendo a ele ainda criança: -Filho, eu nunca vi tanta coisa que nós não precisássemos. (resumidamente em minhas palavras).

Assim é com todas as coisas que não tem valor permanente. Desejamos, porque, ainda que temporário, nos faz bem, e porque queremos ser melhores do que somos aos olhos dos homens. Mas, ... não precisamos dessas coisas.

Continuamos como Salomão; “debaixo do sol”. Assim, é necessário sabedoria de Deus para reconhecermos o que é importante para a vida cristã. Como adquiri-la? Salomão ensina: Pedindo ao Senhor em oração. (1Rs 3.10).

Quer saber?!? Fiquemos com as coisas que são do alto. O resto, é tudo vaidade!

Vaidade

Nós aprendemos muito com o ano que passou. Neste próximo ano, teremos novas experiências. Muitas nos farão crescer. Outras, nos farão acertar o rumo. Ainda, outras, nos mudarão para sempre.

O nosso Deus e Pai Bondoso sempre nos dá um direção a seguir. Seremos despertados para a alegria, o ânimo e a esperança. Os olhos do Senhor estão sobre os justos desde o princípio até ao fim do ano. O Senhor ouvirá nossas súplicas e nos guiará a cada dia (1 Pd 3.12).

Nós temos a promessa de toda provisão, pois o Senhor, segundo sua riqueza em glória, há de suprir cada uma de nossas necessidades em Cristo Jesus (Fl 4.19). Em Cristo encontramos a fonte inesgotável de vida e suprimento. Podemos ter a certeza que Ele nos sustenta.

Na vida temos altos e baixos. Se nossa existência fosse sempre a mesma, seríamos pessoas tristes por causa da monotonia. Precisamos tanto dos lugares altos, quanto dos baixos. Se os problemas vierem, devemos ter certeza que eles nos elevarão a buscar o trono da graça. Se a alegria nos tomar, ela deverá nos conduzir para os mais altos louvores.

Neste novo ano, façamos o propósito de espantar as murmurações. É novo tempo de viver e prosperar em terra frutifera. Vamos olhar firmemente para o autor de nossa vida. É vida abundantemente! Devemos confiar de todo o coração em seu cuidado e manter constante expressão de gratidão pelo seu amor.

Esta é nossa certeza: Deus sempre conosco, orientando em que caminho andar e quais decisões tomar. Ele segue tomando a nossa mão e guiando-nos pelo caminho seguro neste ano novo. É tempo de experimentar o que Deus tem de melhor para nós e alcançar uma vida mais elevada. Jamais devemos ter medo de escalar as montanhas. Nem, se preciso, de descer as ladeiras ásperas. O que não podemos fazer é ficar no vale sombrio, e deixar de entrar na escalada rumo ao topo.

Estamos iniciando um novo ano, despertados pelo Senhor para ter coragem de fazer a escalada. Estamos a cada dia mais perto de Cristo. Jamais devemos desanimar. Nunca retroceder. Não há necessidade de passar fome diante mesa tão farta.

Se ainda não passamos por algum caminho, devemos saber que o Senhor Jesus já passou. Nesta nova caminhada trechos íngremes poderão nos tirar o fôlego, caminhos pedregosos poderão nos machucar, estradas longas poderão nos cansar... Nestes momentos, lembremos: Jesus já passou antes de nós.

Jesus é o nosso guia perfeito nesta nova caminhada. Ele nos conhece bem, e sabe que somos pó. Quando as dúvidas surgirem, lembremos: Jesus sempre nos conduzirá em amor e bondade o tempo todo. Jesus não nos fará andar além do que nossos pés aguentarem. Ele nos dará a força necessária para seguir avante! Assim, avancemos, com fé, esperança e amor. Amém!

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